Bruno Volpato

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Bruno Volpato

Exímio guitarrista e vocalista, fundou nos anos 60 a banda Captain Dick & His Pubes, na qual experimentou o sucesso, a mescalina e a cozinha vegetariana. Nos anos 70, saiu em carreira solo com o álbum "Shaved", que fracassou, levando-o à depressão e ao suicídio. Reencarnou em 1982 e, para desespero dos biógrafos espíritas, segue uma enfadonha carreira jornalística não-remunerada.

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Terça-feira, 1 de novembro de 2016

Curso de Roteiro de Humor na AIC do Rio de Janeiro – Aula 7

mesão de autores

“E então o mímico faz um sinal para a secretária, dizendo que o palhaço é doido”

 

A sétima aula do Curso de Roteiro de Humor na Academia Internacional de Cinema do Rio de Janeiro simulou um mesão de autores. A ideia foi dos professores Haroldo Mourão e Ricardo VR, a partir da demanda de alguns alunos de vivenciar a prática da profissão. Eles propuseram, então, que simulássemos como era a reunião de criação do Zorra – o tal “mesão”.

Haroldo e Ricardo fizeram o papel de redatores-finais, abrindo a roda com a pergunta que recebem, toda semana, de seus chefes: “alguém tem ideias?” Eles contaram que o ideal é que os redatores cheguem com uma ideia já com o punch definido ou, ao menos, com um bom desenvolvimento. As ideias são lançadas ao grupo, que começa a dar sugestões.

Foi isso que a aconteceu com a gente. A partir de uma ideia inicial, proposta por uma colega, um total de quatro escaletas foram desenvolvidas. Escaleta é meio que um resumo do esquete, para que depois ele seja aberto com os diálogos e descrições por um redator trabalhando sozinho – ao menos é assim no Zorra.

A timidez logo foi deixada de lado, e o grupo parecia bem entrosado – talvez por já estarmos convivendo há quase dois meses. Mais uma vez, a combinação de estilos e backgrounds ajudava a complementar as piadas, levando-as a lugares completamente diferentes do que pensávamos quando elas surgiam. É assim que deve funcionar, diga-se de passagem.

Outra coisa que notei – e que espero que seja assim também no trabalho de verdade – é que, quanto mais ríamos, mais ideias iam surgindo. Parece que a diversão liberava nossa mente para produzir os pensamentos mais absurdos, que eram organizados pelo Haroldo e o Ricardo nas escaletas. Eles também indicavam o que funcionava ou não, após conversarem entre si.

A coisa rendeu tanto e estava tão divertida que a segunda parte da aula acabou ficando de tarefa para casa. Os professores pretendiam dividir a turma em grupos para que abríssemos os roteiros ali mesmo, mas as ideias estavam fluindo tanto que preferimos criar uma quarta escaleta, que começou com palhaços assassinos e foi parar em um palhaço no divã de um mímico.

No fim das contas foi uma boa, porque é assim que funciona no Zorra. Portanto, se a ideia era fazer uma simulação do trabalho profissional de um redator de humor, vamos ter a experiência completa. A diferença, porém, é que eles têm que resolver o roteiro de um dia para o outro, e nós teremos até o dia 12 para enviar o esquete completo.

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