Os motoristas de Florianópolis tiveram uma manhã de cão nesta terça-feira (23). O trânsito ficou lento em diversos pontos da cidade, prejudicando tanto quem queria sair quanto quem queria entrar na Ilha de Santa Catarina. “Ele tinha que ser assassinado bem na principal avenida de Floripa, cara? Sacanagem isso aí, tem que pensar nos outros”, disse o funcionário público Júlio Housemeister, que levou 35 minutos, ao invés dos habituais 10, para chegar ao trabalho no Centro Administrativo do Governo do Estado, na rodovia SC-401.
O crime mencionado por Housemeister aconteceu por volta das 9h, justamente quando o trânsito é mais intenso. Dois homens em um Uno Miller perseguiram um rival e o atropelaram na avenida Beira-Mar Norte, o que por si só atrapalhou quem passava por ali. “Largaram o carro ali para dar seis tiros no sujeito, bicho, ficou uma tranqueira e a gente não podia desviar, porque a prefeitura mudou o sentido da rua, não tem?”, reclamou a comerciante Georgina Inhamtuma, que quase perdeu o horário de abrir sua loja no shopping. “Levei 28 minutos a mais!”, completou.
A confusão aumentou com a demora para a retirada do corpo do homem assassinado. A Polícia Militar precisou fechar uma das faixas no sentido bairro-Centro, complicando a vida de quem precisa se dirigir para o Centro, o Continente e o Sul da Ilha. “É revoltante acontecer uma coisa dessas no coração de Florianópolis! Era só colocar o corpo no canteiro que ninguém sairia prejudicado!”, reclamou o estudante Carlos Tessália, que chegaria atrasado para a segunda aula da manhã. “Vou acabar rodando por falta por causa dessa incompetência”, comentou.
Por volta das 11h, o corpo foi retirado e o trânsito voltou a fluir normalmente. Apesar de todos os contratempos, ninguém ficou ferido e a cidade seguiu seu rumo em paz.
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