Depois que o Governo Federal cortou o Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) dos carros de até 1 mil cilindradas, a prefeitura de São Paulo resolveu “compensar” inventando um novo imposto ao contribuinte. Para frear o crescimento na frota, agora o proprietários de automóveis deverão pagar IPTU para cada veículo que possuir. “Agora os paulistanos vão pensar bem antes de comprar o quinto carro para fugir do rodízio”, justificou o secretário de finanças Roboaldo Níquel.
Estima-se que o paulistano passe em média 6 horas por dia no trânsito, na ida e na volta ao trabalho. “Eles passam mais tempo nos carros do que em casa, portanto é justo cobrar imposto por território urbano ocupado”, declarou Níquel. Ele mostra números que revelam as proporções do caos viário na capital paulista: são aproximadamente 3 carros por cidadão, uma frota de mais de 30 milhões de automóveis. “Todas as nossas medidas para melhorar o trânsito, como o rodízio, a proibição de caminhões e o metrô de excelente qualidade não conseguem resolver o problema”.
O advogado Walmor Choen, morador do bairro Higienópolis, se mostra indiferente ao novo imposto: “Mais um, menos um, sigo sonegando”. Já o comerciante Cleidisson Andrade, morador de Itaquera, está sofrendo com as paralisações no metrô e nos ônibus, e pensa em comprar um carro novo com suas economias: “Ôrra, meu, cansei de andar diapé, morô?”. Ele tampouco está preocupado com a nova cobrança: “Devo num nego, pago quando puder”.
A reportagem do LARANJAS procurou o prefeito Gilberto Kassab para falar sobre o assunto, mas ele estava em uma reunião com o PT e depois tinha um jantar com o PSDB e não pôde nos atender.
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