O músico septuagenário Tom Zé, famoso por sua irreverência, parece ter perdido a mão. Após tentar escrever mais um de seus baiões-samba-marchinha-bossa-s
Procurado para comentar seu fracasso musical, Tom Zé iniciou um monólogo de duas horas, explicando a influência do pensamento pré-socrático nas opções de vestuário feitas por sertanejos nordestinos enquanto seres pensantes e andantes. Quando lembrou sobre o que se tratava a entrevista, respondeu: “Até busquei umas referências tupiniquins: a cabeleira de Bethânia, o black power de Biro-Biro, a selva amazônica. Não funcionou e acabou que fui me embrenhando, me embrenhando, até perceber que estava num mato sem cachorro.”
Tom Zé encerrou dizendo estar frustrado com o fracasso, mas que já tem uma carta na manga. “Agora quero, ao invés dos grandes lábios de Nanda Costa, fazer uma música sobre os lábios grandes de Pablo Capilé, que é uma figura tão em voga quanto. Com a diferença de que ninguém quer comer, é claro.”