Capitão América e Super-Homem, líderes da bancada evangélica dos quadrinhos, protestaram na tarde desta sexta-feira (1º), em reunião da Liga da Justiça com os Vingadores, contra a disseminação do homossexualismo nos gibis, depois que a editora DC Comics revelou que o Lanterna Verde Alan Scott é gay. “Isto só pode ser obra do Coringa, querendo desvirtuar o trabalho de nossos criadores”, disse Capitão América, acusando a oposição.
A polêmica já estava no ar há algumas semanas. O conceituado roteirista Grant Morrison, que já trabalhou com o Batman, disse que homem-morcego é “gay, muito gay”. E, na semana passada, a editora Marvel publicou uma história onde o mutante Northstar, dos X-Men, pedia seu namorado em casamento.
“O super-herói foi criado pra bater em cientista louco, dar porrada em alienígena, pegar mocinhas indefesas”, disse Super-Homem. Depois do protesto formal, os dois heróis recolheram assinaturas para um projeto que visa banir o homossexualismo nas editoras de quadrinhos.
A primeira a assinar a proposta foi a Mulher-Gato, que declarou: “Eu, mais do que qualquer um aqui nessa reunião, sei que existe muita baitolagem nesse universo. Já sofri muito com isso”. Logo em seguida, Robin se exaltou e reagiu: “Vossa senhoria, pare com estas indiretas! Eu já falei que não sou gay!” Chamado para depor, Batman apenas disse que possui “o direito constitucional de permanecer calado”.
A bancada evangélica dos quadrinhos tem força por causa de seus leitores, conservadores a qualquer tipo de tendência moderna. “Eles fazem isso apenas pra vender gibis para as minorias, sem pensar no lado social”, declarou Capitão América. No ano passado, por exemplo, eles conseguiram emperrar um projeto de roteiro que dava permissão aos mutantes de usarem seus nomes sociais em documentos oficiais.
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