Eduardo Cunha entre a mulher, Claudia Cruz, e o adevogado Luiz Pareto
O Ministério Público da Suíça divulgou novas denúncias envolvendo o presidente da Câmara dos Deputados do Brasil, Eduardo Cunha. Depois de escândalos envolvendo supostas contas bancárias em nome do parlamentar e de sua esposa, os promotores da terra dos chocolates chegaram à conclusão que ele é o responsável pelo famoso Trote da Telerj, coqueluche dos primórdios da internet nacional. “Incluímos esta linha de investigação em memória do advogado Luiz Pareto, que faleceu em decorrência do trote. Quer dizer, grandes merda ser adevogado, mas a pessoa merece respeito”, disse Danielle Recondeux, do MP suíço.
De acordo com os documentos enviados à imprensa brasileira pelos europeus, não fica claro se Eduardo Cunha era Elizeu Drummond, Paulo José ou Zé Augusto na gravação. “O que sabemos é que o senhor Cunha, que era presidente da Telerj à época do trote, foi o responsável. O pior é que também foi ele que vendeu o ‘aparelho da polícia’, que Pareto ingenuamente pediu para que sua mulher ligasse na esperança de que aquele inferno acabasse de uma vez”, contou Recondeux. “Eu não posso admitir que esse camarada tenha sido presidente da Telerj”, completou a investigadora.
Os advogados de Eduardo Cunha negam a participação no esquema, que pode ter movimentado milhões em trotes. “Olha, o senhor tinha razão, ele era da Telerj mermo e o senhor tem voz de viado mermo”, disse um deles à reportagem do Laranjas, em uma agressão totalmente gratuita. O repórter, que estava sob muito estresse, acabou xingando de volta o representante do parlamentar, que revidou ameaçando “cortar a linha”.
Com os ânimos apaziguados, o jornalista perguntou se o presidente da Câmara cogita renunciar ao cargo, mas o advogado se limitou a responder que a Suíça “é um país simpático, agradável, que no entanto perde seu tempo com bobagens”. A família de Luiz Pareto preferiu não comentar o caso, mas pediu para que a reportagem retornasse a ligação na quarta-feira, dia 14. “É que amanhã não tem ninguém”, disse um neto do falecido.
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