Em uma conferência via mensagem de SMS, o Facebook anunciou nesta quarta-feira (4) que irá cortar o limite de caracteres nas postagens da linha do tempo. A partir da próxima semana, os usuários poderão escrever apenas 1 mil caracteres, contando com espaços. O limite anterior, estipulado em 2012, era superior a 60 mil toques.
A decisão de cortar o limite dos caracteres veio por recomendação dos técnicos dos servidores da empresa Facebook. “Mais ou menos a partir de junho de 2013 passamos a ter um fluxo de dados cada vez maiores. Em outubro de 2014 quase entramos em colapso”, afirmou o engenheiro da empresa Benjamin Zimmermann.
“Estamos investigando a origem dos dados, e a princípio eles vêm da América do Sul, talvez do Brasil”, explicou o especialista em criptografia e segurança de dados, Aaron Baruch.
A notícia repercutiu imediatamente nas redes sociais brasileiras. Em protesto, milhares de usuários começaram a postar textos divagando sobre liberdade de expressão, propriedade intelectual, privacidade, direito de ir e vir, sionismo, islamofobia. “Este Mark Zuckerberg é um coxinha”, declarou um estudante universitário em texto com mais de três “leia mais”. Uma jornalista escreveu um artigo intitulado “Precisamos falar sobre o limite de caracteres”. Um renomado professor da área de humanas produziu uma crítica em forma de ensaio relacionando o alcance do Facebook com as políticas externas do Estado de Israel.
No Twitter, a repercussão foi mais bem humorada. A hashtag #ChegadeTextão rapidamente alcançou o topo dos trending topics, que são os assuntos mais comentados daquela rede. Fotomontagens de cunho humorístico, conhecidas como “memes”, foram compartilhadas milhões de vezes.