O pórtico da cidade de São José (SC) foi derrubado pela prefeitura, na manhã desta terça-feira (15), após muita polêmica. Construído em 2010 sobre o rio Araújo, o monumento custou cerca de R$ 370 mil aos cofres públicos, mas a conta crescia a cada ventania, quando placas de metal se desprendiam e ameaçavam a integridade física de quem passava por ali. Agora, um movimento de moradores da Grande Florianópolis pede que seja erguido no local um muro, inspirado nas ideias do novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
“A gente não quer impedir todos os josefenses de virem a Florianópolis, não entenda errado. Queremos bloquear apenas alguns motoristas”, disse o líder do movimento, Eric Barron. O pórtico ficava no fim da avenida Beira-mar de São José, a poucos metros do acesso à Via Expressa, que leva à ponte Pedro Ivo Campos, entrada da capital catarinense.
“Não é segredo que parte dos motoristas de São José são indesejáveis aqui na nossa cidade, o que não quer dizer que todos os moradores sejam desqualificados, claro”, explicou Barron, que costuma compartilhar posts do movimento Fora Haole no Facebook. Para ele, o caminho pela avenida Presidente Kennedy dará conta de “quem quiser entrar na Ilha legalmente“.
O movimento defende, ainda, que a construção do muro seja bancada pela prefeitura de São José. “É natural, já que seria erguido em um terreno de São José, não vejo qual a polêmica nisso aí”, defendeu Eric Barron. Ele reclamou que está sendo acusado injustamente de preconceituoso nas redes sociais, mas que teve a ideia antes da eleição de Donald Trump.
Procurada pelo Laranjas, a prefeitura de São José não respondeu nossas mensagens de WhatsApp. Em compensação, conversamos com um homem que passava pela área onde ficava o pórtico. “Olha, querido, só de tirar aquele monstrengo a gente já fica feliz. O que vier é lucro!”, disse o comerciante Hilário Barata, que afirmou ser morador de Florianópolis.
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