O governador do Estado de Santa Catarina Raimundo Colombo apresentou nesta segunda-feira (30) as 12 propostas para a nova ligação Ilha-Continente em Florianópolis, que foram enviadas por empresas e até por uma estudante universitária. Dentre os projetos, Colombo destacou um que lhe chamou a atenção pelo baixo-custo e simplicidade: o aterramento de uma faixa de terra da Ponta do Coral até a Beira-Mar continental. O plano foi enviado pelo engenheiro civil Manoel Joaquim Coutinho, da Universidade de Coimbra, em Portugal.
“Esta é uma obra que nos oferece soluções para muitos problemas”, disse o assessor do Governo, Ronaldo Peixoto. Ele enumera: “Em primeiro lugar, gastaríamos pouco dinheiro, o que sobraria para continuarmos a restauração da Hercílio Luz por mais uns 20 anos. Depois, acabaria de vez com o impasse da propriedade do terreno da Ponta do Coral. E por fim, calaríamos os críticos que dizem que não aproveitamos o potencial da Baía Norte para o transporte público”.
A principal dificuldade de executar o projeto seria mudar a cultura do cidadão florianopolitano. “As pessoas precisariam se acostumar a chamar a Ponta do Coral de Istmo do Coral. E, tecnicamente, Florianópolis passaria a se chamar ‘Península de Santa Catarina’”, explicou Peixoto.
Fontes do Estado revelaram com exclusividade ao LARANJAS alguns detalhes do projeto, que está no topo da lista de preferência do governador Raimundo Colombo. No aterro que ligaria a Ilha ao Continente, seria construída uma pista tripla, semelhante à SC-405. No local também há a proposta de instalação do prometido metrô de superfície, assim como um espaço para pedestres com quiosques de comércio. Com cerca de 4,2 quilômetros de extensão, o Istmo do Coral teria oito sinaleiras, 10 lombadas, um pedágio no meio e nenhuma passarela para pedestres.
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