“PMDB: Governabilidade é fundamental”

Atravessando uma crise no casamento com o governo Dilma Rousseff, o PMDB está em busca de novas oportunidades no mercado político mundial. O presidente da sigla e vice-presidente da República, Michel Temer, enviou cartas para a região da Crimeia, oferecendo apoio na anexação à Rússia. E também na criação de um novo país, se for o caso. Sem falar, é claro, em uma forcinha caso a região decida permanecer sob domínio ucraniano. “O PMDB quer ajudar o povo crimeano e colaborar para governabilidade e soberania, seja ela qual for”, disse Temer.

De acordo com interlocutores, o partido considera a possibilidade de conseguir cargos no novo governo da Crimeia, seja ele qual for, pouco provável, e que a intenção é pressionar o PT por mais espaço na chapa da eleição presidencial – além do vice-presidente, o PMDB quer indicar também o presidente. “Não é verdade, o PMDB está de coração aberto oferecendo a larga experiência em gestão governamental para que o povo sofrido da Ucrânia, ou da Rússia, ou da Crimeia possa ter paz”, afirmou o senador José Sarney, um dos líderes peemedebistas.

Ainda de acordo com Sarney, o PMDB é ideal para o processo de estabilização política da Crimeia. “Nossos quadros transitam bem por todas as ideologias, sem preconceito ou restrições, e já estiveram com os militares, os tucanos, os petistas e até com o Itamar Franco”, ponderou o ex-presidente do Brasil.

Repercussão – O PT não se manifestou oficialmente sobre as declarações dos caciques aliados, mas o presidente Rui Falcão comentou que “tem gente precisando decidir se é russo ou ucraniano”. Em Moscou, o presidente Vladimir Putin matou um tigre albino com suas próprias mãos e deu algumas declarações em russo que a reportagem do Laranjas não compreendeu. Para bom entendedor, no entanto, meia palavra em cirílico basta.