Após a polêmica do cacetinho, os organizadores do movimento “O Sul é o meu país” sofreram mais um duro golpe nesta semana. A cidade de Joinville (SC) anunciou que não apoiará a iniciativa separatista, que planeja realizar um plebiscito em paralelo às eleições municipais de outubro. A justificativa oficial, divulgada pela prefeitura local em alemão e traduzida livremente pelo Laranjas, é a de que “não queremos sustentar os vagabundos de mais duas capitais“. O texto não é assinado por ninguém, mas diz ao final, também em alemão, “é JEC, porra!”
Joinville tem uma histórica rivalidade com Florianópolis, a capital de Santa Catarina. Os moradores da maior cidade do estado não admitem trabalhar duro para mandar os impostos que sustentam o Executivo, o Legislativo e o Judiciário na Ilha de Santa Catarina. De acordo com o cientista político joinvilense Ernst Nöämm, a rejeição ao “O Sul é o meu país” vem da indefinição em relação à capital do novo país. “Já nos basta sustentar Florianópolis, imagina ter que bancar ainda Porto Alegre e aquela fan page sem graça da prefeitura de Curitiba!”, disse.
Como não tem valor legal, o plebiscito não deve influenciar na relação da cidade com os estados vizinhos. A fama de que os moradores de Joinville gostariam de ser paranaenses não foi confirmada pela reportagem do Laranjas, pois todos os habitantes da cidade estavam trabalhando duro e não tinham tempo para conversar sobre esse tipo de bobagem. Tentaremos novamente, mas como os joinvilenses jantam e dormem cedo para não se atrasar para o trabalho no dia seguinte, talvez fiquemos sem a resposta.