Um polêmico experimento governamental veio à tona na semana passada, com a divulgação de seu retumbante fracasso. Representantes dos Ministérios da Educação e da Saúde anunciaram o encerramento do Programa Darwinista de Distribuição de Preservativos, o PDDP, que visava a disseminação de genes supostamente evoluídos na população brasileira. O PDDP era secreto, devido à sua natureza controversa e pagã, que possivelmente irritaria diversos setores irrelevantes da sociedade, como a igreja católica, a UNE e a revista Época.
O programa estava inserido, de forma camuflada, na campanha de distribuição de preservativos masculinos nas universidades federais do país e fazia chegar aos centros de engenharia unidades defeituosas, com pequenos furos ou alta propensão ao rompimento de material. A ideia era distribuir as características genéticas supostamente avançadas dos engenheiros, gerando futuras cabeças brilhantes para o Brasil. “Tínhamos pesquisas, realizadas no ITA, que comprovam que os engenheiros são os seres mais inteligentes e intelectualmente desenvolvidos da Terra”, argumentou o gerente nacional do PPDDP e engenheiro, Fernando Plínio.
O gerente nacional não contava, porém, com a pequena taxa de utilização dos preservativos, medida por sensores colocados nas embalagens. “Superestimamos o sex-appeal dos engenheiros. Apenas 13% das camisinhas foram utilizadas. Os malditos não comem ninguém!”, desabafou. Plínio ainda afirmou que boa parte das unidades utilizadas tiveram suas embalagens rompidas em dias de trote; isso indica que tiveram como destino virar balões de água ou cobrir bananas e pepinos, com o fim de constranger as poucas meninas que ainda se arriscam nos cursos de engenharia.
“Os veteranos apavoram na hora do trote e a gente fica toda empolgada, achando que eles são fodões. No decorrer do curso a gente percebe que eles só querem saber de ferro e concreto armado e algumas de nós acabam virando lésbicas, enquanto outras vão dar para o pessoal do jornalismo. Eu achei que os jornalistas eram um bando de veados, mas me enganei, na real estão servindo muito bem para aplacar minha decepção com os engenheiros”, declarou uma aluna de engenharia mecânica da Universidade Federal de Santa Catarina, sob a condição do anonimato. “O governo vacilou em apostar nos engenheiros, cara!”, completou.
Fernando Plínio se recusou a responder as perguntas dos repórteres e passou a ser hostilizado por estes, aos gritos de “não é mole não, fez engenharia e ficou com o p… na mão”. Plínio se descontrolou e tentou agredir um repórter da Voz do Brasil, mas acabou acertando um soco no senador Tião Viana (PT-AC), que conversava com algumas jornalistas ao lado de Renan Calheiros (PMDB-AL). Plínio se desculpou com Tião e deu-lhe um beijo, provocando a revolta do deputato Fernando Gabeira (PV-RJ), que fumava maconha com alguns jornalistas no canto do auditório. “Essa bochecha é minha e ninguém tasca!”, bradou Gabeira. Assim, de forma lamentável e sem maiores explicações, estava encerrada mais uma sigla inventada pelo governo Lula.
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