Depois de receber a confirmação de que a presidente Dilma Rousseff não estará no estádio do Maracanã para a final da Copa das Confederações, neste domingo, a FIFA não perdeu tempo em anunciar o substituto. O deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP), será o representante do Brasil no encerramento do evento-teste para a Copa do Mundo, sentando-se ao lado do rei Juan Carlos, da Espanha, a outra seleção em campo. “Precisávamos de alguém com mais popularidade que a presidenta, pra não repetir o fiasco das vaias na abertura do torneio”, afirmou o secretário-geral da FIFA, Jeróme Valcke.
O trauma das vaias recebidas no primeiro jogo do torneio deixou a entidade máxima do futebol em alerta. Ainda não foi confirmada, por exemplo, a presença do presidente Joseph Blatter, também alvo de apupos antes do jogo entre Brasil e Japão. “Estudamos trazer alguém com quem o povo brasileiro se identifica, então a escolha ficou a cargo da apresentadora Regina Casé”, explicou Valcke. “Só que ela trouxe 48 pessoas de várias comunidades do Rio de Janeiro, então devemos ceder a vaga para Eike Batista ou um de seus filhos”.
A entidade não teme manifestações que por ventura possam ocorrem do lado de fora do estádio, rotina nesta Copa das Confederações. “O deputado Feliciano vai dar conta desse aspecto também, programamos um discurso dele para a multidão duas horas antes da partida”, disse Valcke. O secretário-geral da FIFA entende que temas como o Estatuto do Nascituro e a Cura Gay são caros tanto para Feliciano quanto para os manifestantes e que, portanto, eles têm tudo para chegar a um debate saudável.
Por enquanto, a única consequência negativa da decisão da FIFA é a provável ausência de Neymar da final. Por instinto, o craque brasileiro se jogou e tentou cavar um pênalti ao ouvir a notícia da ausência de Dilma durante o aquecimento, torceu o tornozelo na queda e virou um problema para o técnico Felipão. Caso não jogue, ele deve fazer companhia ao ex-presidente Lula, que estará por ali só por via das dúvidas.