Imagine um mundo sem humanos: o carioca não levaria quase 2h para chegar em casa, na Barra

Depois de quase uma semana de cerimônias, coquetéis, manifestações, apresentações de samba, preços inflacionados, turismo sexual, debates e discursos de criancinhas preocupadas com questões ambientais, a conferência Rio+20, que reuniu os principais líderes dos países da terceira divisão do mundo, apresentou seu documento final nesta quarta-feira (20). O texto, que aborda as transformações no planeta nos últimos 20 anos e apresenta propostas para o futuro, é taxativo em sua conclusão: exterminar a espécie humana.

“Os seres humanos são os principais causadores da poluição e do aquecimento global. Os animais como os cachorros, os tigres e as águias não prejudicam o meio-ambiente. Seria bem melhor se não existissem pessoas no Planeta Terra”, escreveu Tanja Heißenbrüm, 7, estudante alemã do primário, escolhida para escrever o documento final, emocionar o mundo e fazer-nos colocar a mão na consciência sobre nosso papel como indivíduos.

Durante a coletiva de imprensa onde a carta foi apresentada, houve uma manifestação de entidades de direitos humanos contra a solução apresentada. “Acho injusto exterminarmos nossa espécie, quando temos uma solução alternativa”, afirmou o pesquisador acadêmico da área de ciências humanas Miguel Aguiar. Segundo ele, acabar com os problemas da Terra é simples, basta: reduzir a queima de combustíveis fósseis, evitar o consumo de carne, andar mais de bicicleta, subir escadas e evitar o elevador, mijar no banho, tomar banhos menos demorados, tomar menos banhos, talvez não tomar banho, não escovar os dentes com a torneira aberta, não desperdiçar comida, boicotar grandes indústrias poluidoras e/ou que maltratam os animais, evitar o consumismo desenfreado, comprar artesanatos hippie, ingerir alimentos orgânicos, cultivar horta caseira, proibir sacolinhas de plástico nos supermercados, plantar árvores, fazer menos filhos, imprimir a menor quantidade de papel possível.

Proteger os golfinhos, salvar os pandas da extinção, fazer parto em casa, andar pelado, controle de natalidade, não beber Coca-Cola, não assistir televisão, fora ALCA, fora FMI…

Muito irritada com a apresentação das propostas alternativas sugeridas pelas ONGs, a presidenta Dilma Rousseff cortou logo o discurso dos manifestantes e encerrou a reunião. “Olha aqui, cê tem que entender uma coisa: botaram-me nessa fria enquanto o Lula fica aprontando lá em São Paulo. Mas tergiverso; preciso terminar isto e voltar para o trabalho”.

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