“Que país é esse?”, pensou Dilma. “É a porra do Brasil!”, respondeu Dilma.

A presidenta Dilma Rousseff sobrevoou o Congresso Nacional, em Brasília, na tarde desta quinta-feira (26). A área foi atingida ontem pela prisão do líder do governo no Senado, Delcídio do Amaral (PT-MS), considerada uma das maiores tragédias políticas da história do Brasil. Quase 36 horas depois da catástrofe, Dilma finalmente decidiu ver de perto os estragos causados na região.

Acompanhada apenas pelo piloto e pelo fotógrafo oficial do Palácio do Planalto, Dilma pôde ter a real dimensão das consequências que a prisão de Delcídio do Amaral trará para a continuidade de seu segundo mandato. Até então, a presidenta havia sido apenas informada por assessores sobre o andamento do caso – de acordo com interlocutores, ela não tem paciência para ver a TV Senado.

Líderes da oposição criticam a demora de Dilma em se manifestar sobre o caso. “Aguardamos um posicionamento da Dilma como chefe da nação, para que o povo sinta segurança na figura da presidenta da República”, afirmou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Lula.

Já os aliados elogiaram o sobrevoo sobre a área da tragédia. “Foi uma medida importante, que mostra a decisão que a gente aqui embaixo no Congresso espera que ela tenha em outros aspectos do jogo político”, disse o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

De acordo com a Secom, não há previsão de que a presidenta Dilma Rousseff dê entrevistas ou mesmo uma declaração sobre a prisão do líder de seu governo nos próximos dias. “Mas o pessoal das mídias sociais está trabalhando numas artes bem bacanas, pode aguardar”, disse um jovem jornalista e designer da equipe de comunicação.

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