Diante do expressivo poder de fogo da bandidagem, é preciso investir em tecnologia para o combate ao crime organizado

A Polícia Militar do Rio de Janeiro anunciou na manhã desta terça-feira (7) a compra de cinco veículos aéreos não tripulados, os drones, utilizados pelo exército dos Estados Unidos em operações no militares. “Vamos aumentar ainda mais nossa acurácia na ofensiva contra o tráfico de drogas e o crime organizado no Rio de Janeiro”, declarou o comandante Magalhães, chefe de comunicação social da corporação. Em off, uma fonte revelou que eles já vão ser utilizados nas capturas do estelionatário Administrador e do estuprador Fisioterapeuta.

A notícia surge em meio à polêmica com a operação que resultou na morte do traficante Matemático, ocorrida há quase um ano. O vídeo exibido pelo Fantástico mostrou imagens de cima do helicóptero, de onde os policiais metralharam o carro do bandido. Especialistas em segurança condenaram a atitude, afirmando que os tiros colocaram em risco a população. “Conheço aquele bairro, só tem bandido. Fui criado lá”, defendeu-se um dos pilotos da aeronave, “Pode ver que nenhum morto veio reclamar depois”.

Junto com as aeronaves, a PMRJ vai ganhar de brinde algumas bombas de napalm, uma bateria de mísseis BGM-109 Tomahawk (de longo alcance) e minas de fragmento em formato de brinquedos. “Vamos cortar o mal pela raiz”, afirmou o comandante Magalhães.

Nos últimos anos, os drones conquistaram popularidade no Exército Americano pela alta eficácia e precisão, além de não colocar em risco nenhum humano (americano). Amplamente utilizado em operações no Oriente Médio, o equipamento permite que civis possam ser mortos sem ninguém levar a culpa. Para 2015, é esperado o lançamento dos drones no mercado, voltado principalmente para a segurança de escolas e universidades.