O que era para ser uma grande festa, a chegada de uma pessoa muito querida por várias gerações, acabou em tragédia nesta quarta-feira (21), na Baixada Santista. O estudante americano Marty McFly, 17, de fato reapareceu, conforme previsto no filme De Volta para o Futuro, mas acabou assassinado em uma favela de São Vicente, no litoral de São Paulo. A polícia acredita que tenha havido algum problema com o GPS do DeLorean de McFly, que possuía mapas e tecnologias com data de 1985.
“Infelizmente as coordenadas colocadas pela vítima em seu veículo previam um local tranquilo, com praias de águas limpas, mas já há muito tempo não é assim”, disse o delegado Peixoto, da Divisão de Crimes Cinematográficos. De acordo com o policial, o carro chegou muito rápido e deixando um rastro de chamas, o que acabou assustando os traficantes da região. “Os meliantes ficaram tensos e abriram fogo. A recomendação que damos à população é sempre entrar devagar nas favelas para evitar problemas”, explicou.
Ao todo, o DMC-12 foi atingido por 47 tiros de fuzil, dos quais 18 acertaram McFly. “O indivíduo veio a óbito instantaneamente, não teve tempo para tentar reprogramar o veículo e voltar ao futuro. Ou ao passado, sei lá”, explicou Peixoto. Os investigadores estão tentando entrar em contato com Emmett Brown, proprietário do carro. “Ele pode responder por fornecer o carro a um menor de idade, com o agravante de que as tecnologias ultrapassadas são parcialmente responsáveis pela morte”, disse o delegado.
O Instituto Médico Legal recolheu o corpo de McFly, mas nenhum parente apareceu para fazer o reconhecimento. Após a autópsia, ele foi colocado em uma gaveta refrigerada ao lado de outra vítima de traficantes de São Vicente que não teve parentes encontrados, identificado como Kyle Reese.
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