A alta cúpula da segurança pública de São Paulo está preocupada: quase uma semana após o resgate dos beagles de um laboratório de pesquisa, apenas uma minoria foi recapturada. Em coletiva de imprensa realizada nesta quarta-feira (23), o diretor da divisão de crimes animais da Polícia Civil do Estado, James Belushi, disse que os cães cumpriam pena no local por estupro e formação de quadrilha: “Quase 200 indivíduos de alta periculosidade estão de volta às ruas.”
O Instituto Royal recebe os mais perigosos animais, condenados pelos piores crimes. Como alternativa à pena de morte (virar sabão, na gíria carcerária), é oferecida aos indivíduos a chance de colaborarem com a ciência como cobaias de pesquisa, com todo o risco que isso pode oferecer. “Tínhamos em cárcere a escória da caninidade. São psicopatas dissimulados, que aparentam inocência enquanto planejam os crimes mais vis”, alertou Belushi.
Investigações avançadas sugerem que não foi a apresentadora Luisa Mell a responsável por planejar a rebelião seguida de fuga em massa. “Ela não teria capacidade de elaborar uma fuga tão complexa. Tudo aponta que o preso conhecido por Totó é o cabeça da quadrilha”, afirmou Belushi.
As autoridades temem que a fuga dê início a uma série de ataques no Estado de São Paulo, semelhantes aos provocados pelo PCC (Primeiro Comando da Capital) em 2006. “Recomendamos que todos os cidadãos se vacinem contra a raiva. Pedimos também que carteiros, lixeiros e ciclistas, alvos potenciais, mantenham-se atentos.”