Quinta-feira, 8 de maio de 2014

Violência no Brasil às vésperas da Copa repercute no Irã

Categorias: Mundo

Preocupação do chefe de segurança é de que a seleção do Irã se classifique e fique mais tempo no Brasil

As recentes manifestações de barbárie no Brasil repercutiram nesta semana em jornais e veículos de comunicação do Irã. O país do Oriente Médio jogará esta Copa do Mundo e manifestou preocupação com a segurança da delegação em relação à onda de violência, marcada por balas perdidas, incêndios a ônibus e linchamentos.

Um dos assuntos mais comentados em Teerã, capital do Irã, é a violência no Brasil às vésperas da Copa do Mundo de futebol. Reunidos em roda para o tradicional chá gelado, os primos Abdul Al-Fayed, Mohammed Al-Jarrah e Abu Al-Adim, da família Al, estão assustados com as notícias. “Pobre morrendo com bala perdida é o fim da picada! Aqui, pra pobre morrer baleado, só se for oposicionista do Aiatolá!”, declarou Abdul.

“Fiquei sabendo também que lincharam uma moça suspeita de raptar crianças para fazer magia negra”, intercedeu Mohammed. “Tudo bem fazer Justiça com as próprias mãos… Quem aqui nunca apedrejou uma adúltera? Mas temos sempre que ter certeza se a pessoa cometeu o crime.” “Exato, não podemos agir só com base em boatos, completou Abu.

Entre a multidão reunida na praça Kach na tarde desta quinta-feira (8) não se falava em outra coisa. Enquanto assistia ao enforcamento de um homem condenado por homicídio, o profissional contábil Jafar Khaled contou ao repórter brasileiro que assistiu ao telejornal da Al Jazeera na noite anterior: “Achei um absurdo a população amarrar um ladrão menor de idade no poste, em nome da Justiça. Aqui no Irã não condenamos ninguém antes de um rigoroso julgamento”, disse, momentos antes do alçapão do cadafalso ser aberto, ocasionando a queda do condenado e consequente ruptura de suas vértebras do pescoço.

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