O palco da tragédia nas Olimpíadas de Inverno, pouco antes da jogada fatal do brasileiro Grönholm

A participação brasileira nas Olimpíadas de Inverno, em Sochi, segue acidentada. Depois de quedas em provas de snowboard e bobsled, nesta sexta-feira foi a vez do time de curling provocar uma tragédia sem precedentes na história do evento. Na terceira rodada da partida contra a Finlândia, uma pedra do time do Brasil saiu voando e acertou o placar eletrônico do ginásio. O equipamento caiu sobre a plateia, matando oito pessoas e ferindo outras 37.

Além das vítimas, o placar acabou pegando fogo e derretendo toda a pista de gelo, impossibilitando a continuidade das disputas. O curling nas Olimpíadas de 2014 teve que ser cancelado, tendo como definida apenas a desclassificação da equipe brasileira. “Infelizmente tivemos pouco apoio do governo brasileiro e não tínhamos pedras adequadas para treinar, então aconteceu isso aí”, lamenta o capitão do Brasil, Sven Liedhölmist.

A polícia russa deve abrir inquérito para investigar as causas do acidente e, por via das dúvidas, apontou as integrantes da banda Pussy Riot como principais suspeitas. De acordo com testemunhas, porém, a responsabilidade é do varredor nº 2 do Brasil, Lothär Grönholm. Ele teria tentado impressionar uma jogadora de hóquei da Lituânia que estava assistindo à partida e deu uma tacada na pedra, que saiu voando. A lituana acabou morrendo. Grönholm nega, e inclusive ajudou a polícia russa a chicotear as meninas da Pussy Riot.

O Comitê Olímpico Brasileiro emitiu um comunicado sobre a tragédia. “Infelizmente a equipe teve pouco apoio do governo brasileiro e não tinha pedras adequadas para treinar, então aconteceu aquilo lá”, diz a nota postada no site da entidade.

O time brasileiro em Sochi volta à neve neste fim de semana, com participação na pesca em lago semicongelado. Os organizadores russos decidiram proibir a entrada de público nos arredores do local, a fim de evitar um novo percalço.