Apesar da morte do ator, diretor e roteirista mexicano Roberto Bolaños, aos 85 anos, por insuficiência respiratória nesta sexta-feira (28), o garoto Chaves, morador do número 8 da Vila, avisou que continua vivo – e “zás e zás e zás”. A notícia é confirmada por milhões de pessoas do México ao Brasil que lamentam a morte do humorista, mas riem ao lembrar que o jovem e clássico personagem preferia “morrer do que perder a vida”.
Donos de padaria estão perplexos com um repentino surto na venda de sanduíches de presunto e de sucos de tamarindo que parecem de groselha e têm gosto de limão. “Vendemos mais de 200 desde as 18h. Não sei o que está acontecendo. Olha que o sanduba e o refresco nem estão em promoção da Black Friday”, afirmou Seu Jaime, da Tangamandápio Lanches. “E ainda tem gente pedindo pastéis de limão, seja lá o que for isso. O importante é ganhar dinheiro, né? Como disse o bardo: ‘não há trabalho ruim. O ruim é ter que trabalhar’.”
Uma pesquisa realizada em tempo recorde pela Universidade Federal de Massachusetts, no Texas, indica que o acontecimento gera um sentimento ambíguo em toda uma geração que foi criada assistindo às desventuras do pequeno órfão que passava seu tempo num barril. “É como se você perdesse um ente querido ao mesmo tempo, mas se lembrasse de todas as vezes em que chorou de rir enquanto ouvia suas piadas e revisse todas essas alegrias”, diz o doutor Ramon Vivar, organizador do estudo.
“Principalmente aquela galera que passou também a adolescência fumando maconha e rindo dos bordões antes mesmo que eles fossem falados. Hahaha. ‘O verso é repetido 44 vezes’… HAHAHAHA”, declara, antes de começar a imitar “o cão arrependido, de orelhas tão fartas, com o osso ruído, e com o rabo entre as patas”.
De acordo com a rede de televisão mexicana Televisa, que confirmou a morte de Bolaños, os fãs que quiserem se reunir para dar o ‘boa noite, vizinhança’ final ao ator devem pegar o primeiro trem para Acapulco, mas descer no Guarujá.
Obrigado por tudo, Roberto Bolaños.