O inferno astral da operadora de telefonia móvel Tim está longe de passar: na última segunda-feira (13) o Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar) proibiu a empresa de veicular comerciais na programação de TV por quatro semanas. O vídeo da campanha de dia dos pais intitulado “Diário de um grávido” desrespeitou os regulamentos da entidade, sendo considerado “de péssimo mau gosto”. Nas últimas semanas, a operadora foi proibida de vender novos chips de celular em alguns estados brasileiros, e foi denunciada por derrubar propositalmente o sinal de ligações.
“Simplesmente não dá pra aceitar. A barba desse cara é ridícula!”, revoltou-se o diretor executivo do Conar, Maurício Couto Sobrinho. “Temos que impor limites, senão daqui a pouco eles começam a usar palhaços anões pelados em propaganda de sabão em pó ou gordas de minissaia em comercial de cerveja”, declarou. “Sem contar que o filme da Tim já está queimado o suficiente”.
O sociólogo e estudioso das tendências humanas modernas da Universidade de Michigan, Dr. Steve McJames acredita que o ser humano já alcançou, ou está muito perto de alcançar, o auge da sua capacidade de ser ridículo. “Nossos gráficos estão subindo exponencialmente. Há apenas três anos, a moda era a barba por fazer. Em pouco tempo, isso evoluiu para o retorno do bigode, a barba volumosa, e agora, isso”, explicou. “Não consigo, e nem quero, imaginar o que virá a seguir”.
Outros setores da sociedade civil também protestaram contra a campanha publicitária da Tim. O grupo feminista Recalque divulgou nota afirmando que a propaganda faz apologia ao estupro. O Conselho Tutelar abriu um inquérito para investigar a exposição traumática da criança que participa do comercial. E um popular, que não quis se identificar, declarou apenas que “aquela propaganda é escrota pra caralho”.
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