A Confederação Brasileira dos Atuários (CBA) divulgou uma nota condenando a repercussão na imprensa da pesquisa que indica a profissão como a melhor de 2013. “Éramos poucos e privilegiados. Agora vai ter muita gente querendo ser atuário”, assinalou o presidente da entidade, Samuel Correia. A pesquisa foi elaborada pelo site CareerCast, e classificou 200 profissões segundo o salário, o nível de stress, as possibilidades de contratação e o ambiente de trabalho.
“Pesamos os prós e contras e chegamos à conclusão que as consequências serão desastrosas para a classe”, afirmou o representante do Sindicato Matogrossense dos Atuários (Simatuário), Rodolfo Esposito. “Até então, ninguém sabia o que fazíamos. Os cursos de graduação em Atuarismo vão ficar mais concorridos”, explicou, exemplificando o caso do jornalismo, que segundo ele é “uma profissão que já teve seu glamour, mas hoje em dia ninguém dá mais bola”. Não por coincidência, na pesquisa a profissão de repórter de jornal foi escolhida a pior de 2013.
Apesar do possível ônus que a pesquisa pode trazer para o futuro da profissão, há quem veja um lado positivo. Rafael Mesquita, 25 anos, é atuário desde 2010. “Pra comer alguém eu tinha que dizer que era ator, senão a mulherada não entendia o que eu fazia. Agora não vou mais precisar mentir”, afirmou.
A reportagem do LARANJAS esclarece que tentou, mas ainda não conseguiu saber o que faz um atuário.