A Copa do Mundo acabou. Foram 30 dias de muitas alegrias aos fãs do esporte bretão. Para os brasileiros, eliminados e humilhados, fica a lição de mudar. Já para os alemães, campeões, fica a lição de festejar até acabar a cerveja. E para os argentinos, fica a lição de voltar para casa e tomar um banho, porque dormir cinco dias no carro em Copacabana para economizar na hospedagem é dureza.
Parafraseando o jornalista esportivo entorpecido de remédios tranquilizantes, 2018 está aí e a Rússia é logo ali. Teremos bastante tempo para não mudar a gestão do futebol. Mas que estes quatro anos sirvam para, pelo menos, aproveitarmos os prometidos Legados da Copa:
1 – A presença da delegação alemã no Brasil teve inúmeros benefícios. Eles ficaram hospedados em um resort na Bahia construído exclusivamente para a concentração, que depois movimentará a economia local e a arrecadação de impostos. Também fizeram doações para populações indígenas. A presença de alemães no litoral do Nordeste deixou de ter um significado pejorativo;
2 – Pelo seu desempenho, Fred nunca mais usará a camisa da seleção brasileira. Assim esperamos;
3 – Os torcedores argentinos ajudaram a ciência a comprovar que não é possível manter a dignidade humana após cinco dias bebendo, festejando, dormindo no carro e sem tomar banho. Ninguém suporta;
4 – A palavra “legado” foi totalmente incorporada ao vocabulário brasileiro;
5 – Vampeta e Viola conquistaram mais Copas do Mundo que o Messi;
6 – Não devemos confiar em alguns jornalistas esportivos. Times que ninguém dá bola surpreenderam, alguns tradicionais decepcionaram e ótimas gerações se mostraram apenas medíocres;
7 – Dá pra sobreviver tranquilamente durante 30 dias só comendo porcarias e bebendo cerveja;
8 – Os EUA se interessam cada vez mais por futebol, mas seguem sem passar das oitavas;
9 – O brasileiro passou a entender tudo sobre fraturas vertebrais;
10 – MC Gringo (veja em: http://goo.gl/bpxZWl)
11 – Os estrangeiros são bem educados e não ligam muito para cerveja aguada de milho e obras incompletas;
12 – Estimulados inconscientemente por uma marca de salsichas, demonstramos todo nosso apoio a um craque lesionado;
13 – Aprendemos que não se deve misturar futebol e política. A menos que isso seja favorável eleitoralmente.
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