Sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Romero Britto assume autoria de pichações em monumentos em São Paulo

Categorias: Cidades
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Arte ou vandalismo? Só o tempo dirá

 

Mais uma vez o incrível fenômeno da inversão total de opiniões contrárias tomou conta da população paulista nesta sexta-feira (20), após o pintor Romero Britto revelar que tinha sido o autor das pichações nos monumentos da cidade. Automaticamente, quem achava o ato “um absurdo, coisa de vagabundo” passou a amar, e quem apoiava “a intervenção artística maravilhosa” se mostrou abertamente contra.

Apesar de raro ao longo da história, o Fenômeno da Inversão Total de Opiniões Contrárias (Fitoc) tem se tornado cada mais comum. Cientistas apontam que as ocorrências têm crescido em progressão geométrica desde que a Operação Lava Jato deixou de se concentrar tanto em figuras como o ex-deputado federal Eduardo Cunha e virou suas atenções para o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Lula.

São Paulo havia amanhecido dividida pelas pichações, que coloriram o Monumento às Bandeiras, no Ibirapuera, e a estátua de Borba Gato, em Santo Amaro. Enquanto um lado estava revoltado com a ação, o outro defendia que as obras estavam até mais bonitas.

“Esses vândalos têm que pegar a cadeira elétrica!”, esbravejava dona Raquel de Carvalho, do alto de seus 87 anos de contribuinte. Já sua neta, a estudante de filosofia Joana Maculelê, de 19, achava que as tintas “dignificam obras que só serviam de homenagens a assassinos e exploradores”.

Ao saber que Britto havia assumido a autoria, ambas não se perderam tempo em mudar de opinião automaticamente. “Sou fã dele. Tenho dois Brittos no meu banheiro”, disse Raquel. “É dever da prefeitura impedir que essa elite haja como donos da cidade”, atacou Joana.

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