Em mais um capítulo da polêmica envolvendo as biografias não-autorizadas, o cantor, compositor e presidente emérito de diretório acadêmico Marcelo Camelo, dos Los Hermanos, anunciou nesta quinta-feira (17) seu posicionamento na questão. Em coletiva de imprensa convocada inesperadamente, ele declarou apoio ao movimento Procure Saber, encabeçado pelos ídolos da MPB Caetano Veloso, Chico Buarque, Djavan e Paula Lavigne.
O convite à coletiva de imprensa pegou vários jornalistas musicais de surpresa. Quando se reuniram no local combinado, começaram a especular sobre o que seria anunciado. Um novo disco? A separação da banda? Um ambicioso projeto pessoal que envolve várias mídias e dinheiro público?
“Bom, vamos lá, pessoal, estou aqui para falar sobre o que todo mundo está morrendo de curiosidade. Quem vai fazer a primeira pergunta?” questionou Camelo. Depois de três longos minutos de silêncio, ele decidiu quebrar o gelo e responder, mesmo que ninguém tenha questionado.
“… Eu não acharia nada legal, por exemplo, se na minha biografia constasse que eu subi ao estrelato com Anna Júlia. Ninguém tem o direito de estragar tudo o que eu conquistei com essa pinta de intelectual-banquinho-e-violão”, explicou à platéia de jornalistas confusos e mais focados no coffee break.
Para tentar chamar a atenção o músico ainda puxou um ukulele e improvisou uma canção sobre o assunto, mas a reportagem do LARANJAS não teve tempo para registrar o que diziam os versos: uma mão estava ocupada com três mini pães de queijo e a outra estava lambuzada de gordura do croquete de camarão.
No final da coletiva, o empresário da banda agradeceu a presença e anunciou que, para quem perdeu alguma parte da entrevista – que teria durado uma hora e quinze -, Camelo publicaria mais tarde uma carta aberta no site Papo de Homem.