Não conseguimos confirmar se essa foto é uma montagem ou não

Recebemos hoje, com muito entusiasmo, a notícia de que Justin Bieber abandonou um show em Manchester, na Inglaterra, devido à intensa gritaria das fãs. O leitor mais apressado poderia pensar que isso se deve a algo do tipo “legal, um show a menos desse babaca”, mas não é o caso. Estamos empolgados com a perspectiva de que tenhamos testemunhado o primeiro passo de uma nova revolução da música pop e da cultura mundial.

Há exatos 50 anos, em 1966, os Beatles tomaram a mesma atitude, só que em definitivo: cansados de não conseguirem nem mesmo ouvir o que estavam tocando quando se apresentavam ao vivo, decidiram se dedicar apenas ao trabalho em estúdio. Nos anos seguintes, o resultado veio à tona: Revolver, Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band, The White Album, Yellow Submarine, Abbey Road e Let It Be.

Justin Bieber tem 22 anos, apenas um a menos que George Harrison tinha quando tomou a mesma decisão. Até mesmo a cidade de Manchester é próxima à terra natal dos Beatles, Liverpool, no norte da Inglaterra. As coincidências são assustadores demais para não se revelarem uma profecia. É imperativo que Bieber pare imediatamente de fazer shows e viajar pelo mundo e tranque-se em um estúdio, para deixar a magia acontecer.

A evolução artística de Justin Bieber, nos últimos anos, é inegável. Do menino que cantava “baby, baby, baby ooh” para o homem que produz arte em grafite nas ruas do Rio de Janeiro, passaram-se anos intensos de trabalhos reconhecidos pelo grande público. Que Bieber entenda que os gritos nos shows são um estímulo para ele ir para longe, bem longe, cada vez mais longe, para um lugar onde ele consiga ouvir as vozes dentro de sua cabeça.

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