Dramedy e comédia romântica foram os temas da quarta aula do curso de Roteiro de Humor na Academia Internacional de Cinema. Na verdade a conversa foi sobre a mistura do humor com outros gêneros, principalmente em séries e filmes. A professora foi Renata Mizhari, dramaturga e roteirista (leia mais sobre ela), que apresentou conceitos e ideias de forma bem prática, utilizando exercícios e exemplos.
Renata utilizou a série Love, produção do Netflix, para introduzir o primeiro exercício. Assistimos a parte do piloto, mais especificamente os primeiros minutos, em que os personagens principais da série são apresentados. A ideia era que, a partir desses momentos iniciais, desenvolvêssemos um perfil mais completo de um deles. A série parece ser interessante, já coloquei na lista para assistir assim que der – até para ver se eu acertei no perfil.
Em seguida lemos em voz em alta para os colegas e para a Renata nossas percepções – é sempre educativo se abrir ao escrutínio de terceiros e receber feedbacks, sejam eles positivos ou negativos. No exercício seguinte, a brincadeira foi além: tivemos que criar um personagem totalmente do zero, descrevendo-o tanto fisicamente quanto alguns aspectos da personalidade. Tentei manter em vista o gênero comédia romântica.
Após nova rodada de leituras, chegou o desafio final: Renata pediu que criássemos uma cena com esse personagem, na qual ele interagia com outro. Eu gostei bastante da minha ideia, embora não saiba se a turma compartilhou do mesmo entusiasmo após a leitura, e fiquei com vontade até de desenvolvê-la. Vai que fica legal, né? Afinal, um redator precisa fazer três coisas: escrever, escrever e escrever.
Destaquei duas coisas legais que a Renata falou na aula, pequenas lições dentro do contexto geral. “Personagens desajustados que se encontram são a essência da comédia romântica” é a primeira delas – não é preciso ter assistido a muitas para constatar que é verdade.
A outra frase é a seguinte: “se você quer fazer alguém rir, você é uma pessoa generosa.” Eu achei bacana porque, para mim, o humor é algo subversivo e, por vezes, cruel. O comentário da Renata me levou a uma nova visão do humor, quem sabe de outros tipos de criação.
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