A crise está obrigando o brasileiro a mudar alguns hábitos, cortando custos para economizar no fim do mês. Gastar menos gasolina, cortar as idas a restaurantes e trocar o papel higiênico por papel toalha são algumas das estratégias que o povo está sendo obrigado a adotar. O que poucos sabem é que as tatuagens também tiveram uma forte alta de preços, fazendo com que os adeptos da arte corporal peçam desenhos mais em conta no estúdio.
“Então, mano, eu guardei grana por um bom tempo para fazer uma carpa no peito, que eu acho muito daora, mas quando cheguei aqui no estúdio do Marcão ele me falou que o preço tinha dobrado”, explica o bancário Édson Sakana, de São Paulo. De acordo com o tatuador Marcão, os materiais são importados e tiveram forte impacto do dólar, além da queda da demanda ter forçado um aumento do valor cobrado pelo seu trabalho.
A saída foi improvisar. A carpa é um símbolo oriental de fertilidade e resiliência, por isso é muito solicitada pelas pessoas que querem marcar o corpo. O mais próximo que Sakana conseguiu encontrar no portfólio de Marcão e que podia pagar foi o desenho Nemo, o pequeno peixe-palhaço que encantou o mundo. “Então, mano, o filme do Nemo é mó daora, ele é mó corajoso e nunca desistiu de encontrar o pai, tá ligado? É tipo a carpa”, disse.
O tatuador Marcão esclarece que nem todos os tipos de tatuagens tiveram altas muito significativas de preço. “As de time de futebol e declaração de amor estão mais ou menos na mesma, porque a pessoa faz no impulso e a gente não quer desestimular o cliente de fazer bobagem, né?”, contou. Crise? Que crise?
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