Mudança gastronômica exigiu novo mascote para Fenaostra

Os visitantes da 16ª edição da Fenaostra, em Florianópolis, estão tendo uma surpresa não muito agradável ao chegarem no CentroSul, onde acontece o evento. Por causa da crise, a Festa Nacional da Ostra não servirá pratos baseados no molusco que lhe empresa o nome – os frequentadores poderão desfrutar apenas de berbigão. “Houve a produção dos maricultores, mas avaliamos que seria melhor oferecer produtos a preços mais baixos, até como uma forma de estimular a austeridade do público”, disse o gerente de Festas e Frutos do Mar da Prefeitura de Florianópolis, Tim Lagos.

A decisão foi tomada após o anúncio dos cortes e aumento de impostos pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, na segunda-feira (14). Como a festa começava dois dias depois, não houve tempo hábil para divulgar a mudança para o público. “De acordo com a lei, precisaríamos abrir um processo licitatório para contratar um social media que faria os memes no Facebook e no Twitter, mas isso exigiria ao menos 60 dias”, explicou Lagos. O gerente contou que um sobrinho de um vereador se ofereceu para fazer o serviço, mas acabou fazendo uma montagem obscena e o trabalho foi descartado.

Os organizadores da Fenaostra decidiram não mudar o nome do evento, apesar do reposicionamento dos produtos. “Chegamos a pensar em Fenavôngole, que seria um pouco mais chique, mas perderia a identidade local, não tem?”, disse Lagos, que é manezinho – vôngole é outro nome dado ao berbigão, principalmente em restaurantes de cozinha mediterrânea.

Lagos crê que, para a próxima edição, tudo já deve ter voltado ao normal. “Estou otimista com as medidas anunciadas pelo governo da Dilma, creio que seja o momento do país todo se unir”, discursou. O Laranjas apurou, porém, que a Prefeitura de Florianópolis já abriu licitação para a primeira Fenatatuíra em 2016. “Tem que garantir, né?”, disse nossa fonte.

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