O Ministério da Cultura anunciou, nesta segunda-feira (17), a intenção de lançar um concorrente brasileiro ao Netflix, totalmente gratuito e com conteúdo exclusivamente nacional. A Embraflix (Empresa Brasileira de Flix), deverá chegar aos computadores, tablets e smartphones com mais de 300 títulos. Entre os destaques, estão séries produzidas pelo canal Multishow, pornochanchadas dos anos 70 e o ator Selton Mello. “Vai ter muito Selton Mello, tipo Selton Mello pra caralho”, afirmou o diretor de Secretaria Especial de Novas Ideias do MinC, Ernesto Noam.
A Embraflix deverá seguir os moldes de seu concorrente estrangeiro e privado, ou seja, ter um catálogo digno de uma sessão de DVDs do supermercado do seu bairro. “Além de Selton Mello, digitalizaremos tudo o que foi feito pela Vera Cruz e pelo David Cardoso, além de um canal especial dedicado apenas a filmes que contenham cenas do Nuno Leal Maia transando com a Vera Fischer”, explicou Noam. Ele ainda garante que o conteúdo será livre de ideologias e não fará apologia ao atual governo. “Vai ter o filme do Lula, mas também teremos coisas reaças como o primeiro Tropa de Elite“, disse.
A parceria com o Multishow garante a simpatia dos produtores nacionais, um tema delicado para o Netflix. O usuário da Embraflix terá a oportunidade, por exemplo, de assistir novamente a todos os episódios da série Vai pra Onde?, estrelada por Bruno de Luca. “Muita gente também pedia reprises de O Fantástico Mundo de Gregório, com o Gregório Duvivier, portanto decidimos que a série seria disponibilizada pela nossa ferramenta”, contou o diretor.
A produção de conteúdo original, uma das grandes forças do Netflix, também está nos planos da Embraflix. Uma das propostas é um reality show passado inteiramente em uma das casas do Fora do Eixo, mas que no final se revela uma ficção com atores. “Já estamos negociando para que Selton Mello faça o papel de Pablo Capilé, porque ele é foda”, disse Noam. O novo serviço terá um conselho curador remunerado e cerca de 300 cargos em comissão, número que pode ser ampliado caso o projeto House of Cunha tenha sinal verde.
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