Gomes vai entrar de cabeça na luta pela paz no Oriente Médio

O ministro da Saúde, Cid Gomes, está sob os holofotes da crônica política nesta quarta-feira. Depois de uma passagem serena e tranquila na Câmara dos Deputados durante a tarde, quando contribuiu para a manutenção da boa relação do governo da presidenta Dilma Rousseff com os parlamentares, o ex-governador do Ceará foi convocado para uma missão diplomática pelo Itamaraty. “Queremos que Cid use o mesmo nível de argumentação e diálogo que mostrou hoje em uma viagem ao Iraque, com os líderes do que a imprensa está chamando de Estado Islâmico”, disse o assessor especial da Presidência para assuntos internacionais, Marco Aurélio Garcia.

A notícia pegou de surpresa a diplomacia brasileira, que preparava a missão há alguns meses, desde que a presidenta Dilma conclamou, em discurso na ONU, o mundo a dialogar com os supostos terroristas. “Estávamos tentando encontrar o nome adequado para promover a paz, quando ele estava bem debaixo do nosso nariz”, disse Rosa Barbui, chefe da chancelaria nacional. Ela lamentou apenas que Cid não tenha ido mais cedo conversar com os deputados, o que daria mais tempo para a preparação diplomática adequada. “Mas pelo que vimos hoje à tarde, o ministro não terá problemas em acalmar os ânimos com os ativistas da luta sagrada da jihad”, concluiu.

Em entrevista concedida na saída do Congresso Nacional, para onde foi conduzido por um grupo sorridente e carinhoso de parlamentares, Cid Gomes disse que está disposto a colaborar na pacificação das relações no Oriente Médio. “Vocês viram hoje que eu sou um homem que trabalha para que a paz reine onde poderia haver animosidades, portanto agradeço à presidenta Dilma por me deixar a chance de concretizar seu projeto de diálogo com esses garotos do ISIS, lá na Arábia”, declarou o ministro. Depois de mais alguns comentários, o político cearense pediu licença aos repórteres e mergulhou na caixa d’água do Congresso Nacional.