Em uma cabana de frente para o mar azul-turquesa do Caribe, a marionete Pessimildo recebeu a reportagem do LARANJAS para falar sobre como está sua vida depois da fama. Ele alcançou o estrelato quando assinou contrato com o Partido dos Trabalhadores para participar da campanha eleitoral. “Decidi tirar um ano sabático, viajar pelo mundo e aproveitar a vida”, contou, entre um gole e outro de daiquiris e margueritas.
Antes da fama, Pessimildo era apenas um trabalhador assalariado descontente com os rumos da política e da economia do Brasil. Conhecido por seus comentários ácidos e um tanto exagerados. Justamente por conta deste tom exagerado, ele foi procurado pela equipe de campanha de Dilma Rousseff. “Eles queriam explorar minha indignação como caricatura da oposição. Claro que aceitei, estava precisando de uma grana a mais”, disse, enquanto descascava e fatiava uma suculenta manga. “Tudo o que disse naqueles vídeos era real. Não tinha nada de texto ensaiado, teleprompter”, revelou.
Sem revelar os valores do contrato, Pessimildo disse que investiu todo o dinheiro ganho em dólares. “Percebi uma tendência de alta na moeda americana em relação ao real e decidi apostar”, contou, ostentando um sorriso branco da cor da areia do Caribe. “Separei um pouco dos dólares para viajar, o restante ainda está rendendo.” Questionado quanto ao valor que faturou com o investimento, Pessimildo apenas piscou um olho enquanto mostrava sete dedos.
Sobre os planos para o futuro, Pessimildo não soube precisar exatamente o que pretende fazer. “Quando voltar ao Brasil vou investir esses rendimentos em projetos pessoais. Tô começando a escrever um romance, vou conseguir viver um bom tempo sem me preocupar em bater ponto”, afirmou. “Quem sabe não compro umas ações da PETR4?”, brincou.