Quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Governo envia projeto de lei ao Congresso para reverter 7 a 1 da Copa

Categorias: Política

Esta é a nova imagem oficial de Brasil x Alemanha de acordo com o texto do projeto de lei enviado ao Congresso

Depois de vencer a batalha para aprovar a manobra fiscal que permite alterar a Lei de Diretrizes Orçamentárias, a presidente Dilma Rousseff se empolgou e decidiu enviar um novo projeto de lei para o Congresso Nacional. O PL 37/2014 pretende anular a derrota de 7 a 1 imposta pela Alemanha ao Brasil na Copa do Mundo, em julho. A expectativa é de que ao menos cinco tentos sejam retirados do cômputo final, mudando o resultado para algo mais normal, que não configura tecnicamente uma goleada. “Não vai mudar nada, ninguém precisa se preocupar, é apenas uma burocracia”, diz o presidente do Senado e integrante da base aliada Renan Calheiros (PMDB-AL).

De acordo com fontes no Palácio do Planalto, Dilma não quer ter a mancha da maior derrota da história da Seleção Brasileira em seu primeiro mandato. “A presidenta está preocupada que esse déficit gigante de gols deixe uma má impressão nas retrospectivas de 2014 na televisão, então quer que o Congresso vote o projeto o mais rapidamente possível”, disse um ministro que até se identificou, mas esquecemos de anotar o nome. Ele ressalta que a redução do 7 a 1 para algo mais aceitável como uma derrota simples é bom para o país e a população, e que “a oposição quer dar um golpe na memória do futebol brasileiro, além de causar desemprego nos times pequenos”.

Líderes da oposição confirmam que os governistas não terão vida fácil para aprovar o projeto. “Eles querem ficar com todos os louros da organização da Copa, mas empurram o ônus com a barriga”, disse o deputado federal Ronaldo Caiado (DEM-GO). O parlamentar afirma que vai trabalhar para que torcidas organizadas de times alemães possam ter acesso às galerias do Congresso, pressionando para que o PL não seja aceito. “Não precisa nem vir da Alemanha, hoje tem 300 canais a cabo passando a Bundesliga, a juventude brasileira usou o 7 a 1 como exemplo e hoje torce pro Bayern, Borussia, Schalke, Schweinsteiger, essas coisas todas”, completou.

A pressão do lado governista, no entanto, já começou. O Diário Oficial desta quinta-feira trouxe o convite para o tradicional churrascão de fim de ano da Granja do Torto, uma das residências oficiais da presidente da República. O evento costuma reunir os poderosos de Brasília com muita carne, samba e futebol, sob o comando do ex-presidente Lula. No final do texto, porém, aparece uma condição: “O uso de picanha no churrasco fica condicionado à publicação da lei resultante da aprovação do projeto de lei 37/2014 em tramitação no Congresso Nacional. Não aprovado o caput do PL, será liberado apenas pão de alho e linguiça”.

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