O Comitê Olímpico Internacional lançou, no domingo (23), uma campanha mundial para escolher os nomes dos mascotes da Olimpíada e da Paraolimpíada de 2016, que serão disputadas no Rio de Janeiro. Os nomes indicados para a votação estão no site oficial dos eventos e vêm em duplas: Oba e Eba; Tiba Tuque e Esquindim; e Vinícius e Tom. O Laranjas apurou, no entanto, que a eleição é uma farsa, pois os organizadores dos jogos já definiram como vão se chamar os símbolos. Inspirados no sucesso do Fuleco, tatu-bola que representou a Copa do Mundo, os mascotes de 2016 vão se chamar Brioco e Tobinha.
De acordo com o dirigente Comitê Olímpico Brasileiro, Rui Olhota, a escolha foi embasada em estudos técnicos que foram fundo no Fuleco. “Procuramos entender por que o boneco da Fifa era tão citado nas redes sociais, principalmente no Brasil, evidentemente, e decidimos que seria importante manter o direcionamento da origem etimológica”, disse Olhota, que é presidente de umas 178 confederações esportivas brasileiras. De acordo com o dirigente, Brioco e Tobinha vêm do tupi-guarani, tendo inclusive significados semelhantes. “Vou pesquisar e te mando por e-mail depois”, garantiu.
A farsa, que deve ser revelada nos próximos dias, é uma estratégia para divulgar o site das Olimpíadas. Para o especialista em redes sociais Afonso Rêgo, a ideia faz sentido. “É o que chamamos de ‘divulgação reversa’, ou ‘backdoor selling’, ou seja, você cria uma celeuma para um produto de difícil penetração, mas depois o público se acostuma e fica mais receptivo”, explicou. Rêgo adverte que é uma estratégia arriscada, pois o tiro pode sair pela culatra. “Quem tem site tem medo, ainda mais de uma Olimpíada, então tem que ver que ‘backdoor selling’ no site dos outros é refresco”, opinou.
Brioco e Tobinha representam, respectivamente, a fauna e a flora brasileiras. O professor do Departamento de Simbologia Esportiva da Universidade de Michigan, Ari Fício, acredita que os nomes possam contribuir para a causa ecológica no país. “Brioco e Tobinha deixam claro em que posição a preservação ambiental está na lista de prioridades do Brasil, mostrando ainda que tipo de resultado as políticas públicas têm produzido”, argumentou. “Sem falar que os mascotes podem representar que parte do brasileiro vai estourar ser atacada se houver, mais uma vez, o estouro do orçamento”, completou Ari Fício.