O fim da greve dos motoristas e cobradores de ônibus de Florianópolis e o anúncio de nova licitação para o transporte público da Capital deixaram muita gente aliviada. Mas quem ficou preocupado com a notícia foi o turista polonês Mikael Petroski, que vive há um ano no terminal da Lagoa da Conceição (Tilag). Após ter entrado em um ônibus, Petroski desembarcou no terminal e nunca conseguiu chegar ao destino. Desde então adotou o local como casa.
Sem entender o sistema de transporte, sem saber falar português e sem alguém que falasse sua língua, Petroski perambula pelo Tilag desde então. “Este é o meu lar. Recebo amigos, tomo banho, faço amor com minha namorada”, disse, com lágrimas nos olhos, no idioma polonês. “Na verdade, tudo o que eu queria era chegar na Joaquina. Estou esperando o ônibus até agora, mas ele nunca saiu”, explica.
Agora ele está apreensivo com a notícia de que uma licitação irá mudar o sistema. “Já me acostumei com o pessoal daqui, as pessoas são muito simpáticas, mesmo com as dificuldades de comunicação”, contou. “Por outro lado, quem sabe eles não decidem simplificar o sistema integrado e melhorar a sinalização das placas? Ainda quero muito conhecer a Joaquina.”
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