As eleições para a nova diretoria do Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Universidade Federal do Vale do Jequitinhonha (UFVJ) ficaram mais agitadas nesta semana com a criação de uma terceira chapa, a primeira na história do movimento estudantil brasileiro a não ter o nome inspirado na MPB.
. “Vamos acabar de vez com esse lance pseudo-cult-partidário-passivo que domina a nossa universidade”, afirmou o estudante de Engenharia Civil Marcelo Nazareno, presidente da chapa.A ideia, é claro, surgiu numa mesa de bar. A turma de gaiatos tem no programa uma única proposta, caso seja eleita: fechar o DCE. “Já temos universidade de graça, restaurante subsidiado, uma biblioteca onde podemos dormir e bares por perto. Pra quê se preocupar com futilidades?”, afirmou o secretário de comunicação da chapa, Fernando Moura, estudante de Engenharia de Materiais.
Representantes das outras duas chapas estão indignados com a falta de respeito com o movimento estudantil. O estudante da 15ª fase de História Ernesto Noam, presidente da “Caminhando e Cantando” afirmou que vai acionar a UNE para tentar impugnar a candidatura da chapa 3. “Tá, ser meio de direita tudo bem, mas com um nome ridículo desses, nem pensar!” Já o porta-voz da “Pau, pedra, fim do caminho” apenas limitou-se a andar descalço no campus por três dias sem tomar banho.