Nada estraga a felicidade da família Palhares, nem mesmo Celso Russomano
Alheia a todo agitação eleitoral, a família Palhares, de São Paulo, decidiu aproveitar o baixo movimento nas estradas e curtir um fim de semana na praia no Guarujá. “Vamos pagar menos de R$ 10 de multa por não votarmos, vai ser mais barato do que o valor dos pedágios”, disse o funcionário público concursado Roberto Palhares, enquanto colocava a caixa de isopor no porta malas do seu Fiat Doblô.
Engana-se quem acha que a atitude dos Palhares é uma forma de protesto. “Achamos muito importante a obrigatoriedade do voto, faz as pessoas refletirem sobre como a política mexe com nossas vidas”, explicou Roberto. “Mas simplesmente estamos com vontade de aproveitar o sol de Guarujá”.
“Somos consideravelmente bem sucedidos, não precisamos de políticas públicas, nossos filhos estudam em escola particular e meu marido não precisa bater ponto”, explicou a dona de casa Sandra Palhares, enquanto terminava de rechear o último sanduíche. “Não faz diferença quem ganhe, pagamos nossos impostos em dia e até entendemos que de vez em quando eles subam, por causa da inflação e tal”.
A criançada também não quer saber das urnas, mal podem esperar para brincar com o baldinho de areia e a pazinha. “Já estou juntando dinheiro pra pagar os estudos deles no exterior”, revelou Roberto. Por isso ele não faz questão de mostrar para os filhos a importância do voto consciente no Brasil.
