Michel Temer passou esta segunda-feira (12) fazendo cálculos em Brasília. Após a queda em seu índice de popularidade em pesquisa do Datafolha, além da presença de seu nome na lista da delação premiada de um executivo da Odebrecht, o peemedebista quer saber se já pode se aposentar como presidente da República. Há sete meses no cargo, ele acha que talvez seja possível vestir o pijama antes que as novas regras da Previdência entrem em vigor.
Interlocutores do Planalto afirmam que Temer acredita que a aposentadoria seria uma saída mais honrosa que renúncia, convocação de novas eleições ou um processo de impeachment. “Michel já tem 76 anos, uma aposentadoria e um conhecimento exemplar de mesóclises, então crê que o povo não veria problemas se ele pedisse o boné. Além disso, a gente sabe que ele não morre tão cedo”, disse um ministro, fazendo discretamente um chifrinho com os dedos.
De acordo com um especialista consultado pelo Laranjas, a aposentadoria de Michel Temer não seria uma medida assim tão simples. “Tem que ver desde quando começa a contar, se é desde maio, quando ele assumiu como interino, desde agosto, em definitivo, ou se foi quando começou a conspirar para um dia ser presidente, lá nos anos 90. É muito cálculo!”, comentou o aposentado Dílson Kinoto, entre uma partida e outra de dominó na Praça 15, em Florianópolis.
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