Apadrinhada como gênia por David Byrne, Simone (foto) está preparada para ser cultuada no Brasil
O final do ano é sinônimo de festas, presentes, 13º salário, dívidas e, retrospectiva narrada pelo Sérgio Chapelin e, é claro, relembrar que a cantora Simone existe. Líder absoluta em dezembro desde 1995, quando foi lançada, a faixa Então é Natal, já é considerada uma tradição brasileira – ainda que forçada ouvidos a dentro pelos shopping centers.
Com mais de 40 anos de carreira, Simone realiza as últimas sessões de gravação em um estúdio na Barra da Tijuca. Em um intervalo, ela aceitou receber a reportagem do LARANJAS para uma conversa franca, onde revelou com exclusividade algo esperado pelos fãs nestas quatro décadas. Confira a rápida entrevista:
LARANJAS – Simone, você está gravando um novo disco?
SIMONE – Não, bicho, tô gravando a versão deste ano para Então é Natal, como faço desde 1995.
L – Como assim? Não é sempre a mesma gravação?
S – Não! Você é burro, cara? Que loucura! Como você é burro. Coisa absurda. Isso daí que você disse é tudo burrice. Burrice. Eu não consigo guardar muito bem o que você falou porque você fala de uma maneira burra…
A verdade é que só quem realmente entende de MPB consegue pegar as nuances que cada versão anual da canção possui. Você sabia que eu sou muito elogiada lá fora? Uma vez o David Byrne até me citou em uma entrevista como uma das grandes artistas do mundo.
L – Nada de disco novo com inéditas?
S – Sim, ele já está pronto, apenas esperando o lançamento. Farei no dia 25 um megashow no shopping Interlagos, em São Paulo. Vou contar com participações especiais de grandes mulheres que eu pegu… que são minhas amigas: Zélia Duncan, Sandra de Sá, Ana Carolina, Adriana Calcanhoto. E é claro, não vou deixar de cantar meu grande sucesso.
L – Então é Natal na Venezuela. O que você fez?
S – Estou lançando uma versão em espanhol para a música, chamada Entonces es Navidad. Também farei um show beneficente em Caracas, cuja renda será toda revertida para comprar papel higiênico para a população.
