Sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Estudante universitária sofre bullying ao fazer piquenique na Praça XV

Categorias: Comportamento
Nossa cultura não permite esse tipo de coisa, infelizmente

Nossa cultura não permite esse tipo de coisa, infelizmente

Visivelmente abalada, a estudante de Design da UFSC, Maria Clara Vieira, de 22 anos, lamentava por não ter conseguido aproveitar a sexta-feira (8) de sol em Florianópolis como planejava. Ela levantou cedo, às 10h, e preparou uma cesta de comidas: passaria o dia curtindo o ócio e a natureza na Praça XV, no Centro. A empreitada fracassou após uma série de assédios. “Voltei recentemente de uma temporada de três meses na Europa, e lá as pessoas costumam aproveitar o tempo bom nos parques das cidades”, informou.

Assim que chegou à praça e estendeu sua canga no chão, foi repreendida antes mesmo de sentar-se. “Um craqueiro chegou e mandou eu sair dali que o lugar estava vago”, contou Maria Clara. Ela ainda tentou dialogar com o usuário de drogas, explicando que o espaço é público e todos os cidadãos tinham direito. “Então ele me ameaçou com uma garrafa quebrada e levou a cesta de comida. Fiquei muito triste, pois em Londres nunca me trataram desse jeito.”

Resignada, a estudante tratou de escolher um lugar melhor, onde batia mais sol. Resolveu tirar a blusa e ficar apenas com a parte de cima do sutiã, com o intuito de adiantar o bronzeado para o verão. “Fiquei chocada com a caretice das pessoas. Era um sutiã super discreto, mas os transeuntes ficavam olhando de um jeito estranho que me senti incomodada e me vesti de novo. Fiquei muito triste, pois em Barcelona nunca me trataram desse jeito”, afirmou.

Irritada e confusa com a incompreensão das pessoas quanto aos costumes europeus, Maria Clara decidiu relaxar e curtir a vibe: de uma caixinha de madeira artesanal, retirou um pouco de maconha e enrolou um baseado. Mal deu a terceira tragada, foi atingida por uma bicuda na costela com um coturno com biqueira de metal. “Apaga o fogo e vamos pra delegacia, patricinha!”, ordenou o policial militar. Após assinar o termo circunstanciado, a jovem desabafou enquanto esperava a mãe lhe buscar: “Estou muito triste, pois em Amsterdã nunca me trataram desse jeito.”

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