O mundo dos espíritas está em convulsão: a principal publicação da área, a Revista Médium, decidiu não publicar uma entrevista exclusiva com o jornalista e escritor Hunter S. Thompson. Falecido em 2005, o autor de Medo e Delírio em Las Vegas baixou na última semana quando um estagiário da redação, Djones Pedroso, tentou invocá-lo através da brincadeira do copo.
“Enchi um copinho de rum, me concentrei e esperei… Do nada, o copo ficou vazio e começou a se mexer, me chamando de verme maldito através do tabuleiro”, afirmou Pedroso. “Era ele mesmo, o papa do jornalismo gonzo”, completa, extasiado. O estagiário disse que foi pego de surpresa, e teve tempo apenas para um papo rápido, já que Thompson teria dito que estava ocupado praticando tiro ao alvo com Richard Nixon.
O garoto conseguiu fazer apenas quatro perguntas a Thompson, que deu respostas enormes. “Ele só pedia pra encher o copo de rum e eu ia anotando o que conseguia ler no tabuleiro”, comentou. Talvez pela verborragia do entrevistado, os editores não tenham gostado do material — a entrevista não entrou na edição de dezembro da Médium.
O ombudsman da publicação, Thomas Green Morton, não se conteve e enviou, telepaticamente, um protesto a vários sites de mídia, inclusive ao LARANJAS. A atitude gerou respostas díspares dos editores, que acabaram quebrando um paradigma: criaram a posição de ombudsman do ombudsman. Ou ombudsmen, enfim.
“Ele perguntou o que o Thompson achava do Johnny Depp. Altamente relevante, não?”, explicou o editor Plínio Duarte, em seu blog. Já o outro editor, Paulo Pedrossian, escreveu um texto enorme que provocou a revolta da comunidade espírita — era grande demais e tinha referências bibliográficas.
A polêmica deve ser resolvida nesta quarta-feira, quando Paulo Francis dará sua opinião sobre o caso.
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